Resenha: Vermelho, Branco e Sangue Azul de Casey McQuiston

by - março 20, 2021


Vermelho Branco e Sangue Azul, da escritora americana Casey McQuinston, ganhou meu coração desde a primeira página. 

Primeiro que eu não esperava me divertir tanto com o romance. Segundo que fazia muito tempo, mas muito tempo MESMO, que eu não devorava um livro inteiro em apenas dois dias. Ressaca Literária, saiba que eu te odeio com todas as minhas forças! 

A história gira em torno de um romance entre o filho da presidenta dos Estados Unidos e o príncipe da Inglaterra. Começa com aquela típica rivalidade entre os protagonistas que acaba se transformando em uma relação completamente apaixonante. Clichê sim, chato nunca.

A maneira como os personagens foram apresentados facilitou muito minha proximidade com cada um deles. Alex Claremont-Diaz, o primeiro-filho dos Estados Unidos, é um rapaz comum, se é que posso chamá-lo assim; ele é engraçado, faz alegorias históricas perfeitas e, o que mais me surpreendeu, tem a boca muito suja!

O príncipe britânico, Henry de Gales, é simplesmente um amorzinho! Além de ser super bem construído. A primeira visão de Alex sobre ele é completamente equivocada: o príncipe não é nada do que aparece nos jornais e revistas. Inteligente, sensível e de língua afiada, Henry é capaz de mudar nossa visão sobre a realeza ao término de cada capítulo.

Os personagens secundários são igualmente relevantes para a história ter sido tão marcante. Todos têm uma história; e todas essas histórias são apresentadas em algum momento no livro. O que é maravilho, porque não deixa aquela sensação de que está faltando alguma coisa. 

Foi o primeiro livro LGBTQ+ que eu li, e fiquei muito contente pela representatividade estar presente em cada página. Alex é bissexual, mas só descobre isso depois de ter um beijo roubado pelo príncipe. Todo esse processo de descoberta do personagem é abordado, desde ele relembrar memórias e sentimentos do passado até suas conversas com seus amigos que também são LGBTQ+.

一 Vamos expor algumas observações 一 ela diz. 一 Vou deixar você chegar à conclusão. Primeiro, você passou anos obcecado pelo Henry em um nível Draco Malfoy, não me interrompe, e, desde o casamento real, pegou o número dele e o usou não para marcar aparições públicas, mas para flertar à distância com ele todo o dia o dia todo. [...] E ele te beijou, de língua, e você curtiu. Então, vamos ser objetivos. O que você acha que isso significa?

Henry, como ele mesmo diz no livro, é completamente gay, e sua luta em vencer os preconceitos presentes na Coroa é de simplesmente causar orgulho. Ele não se rebaixa e não nega quem realmente é apenas para manter os costumes da nobreza.

O feminismo também está presente no livro! A luta da presidenta dos Estados Unidos, Ellen Claremont, para ser reeleita, nos mostra como a mulher está sempre sendo comparada aos homens ou diminuída apenas por ser a chefe da família. Mas mesmo com todos os desafios, ela se mantém firme e forte na campanha sem jamais abaixar a cabeça sob qualquer acusação mentirosa. 

Posso dizer que adorei o livro ao todo, dei boas gargalhadas e me apaixonei pelo casal principal e também pelos personagens secundários. Recomendo para todos que estejam a procura de uma leitura leve, rápida e descontraída. 


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